Aromaterapia ganha espaço na vida dos brasileiros e abre oportunidade para a profissionalização livre

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Tão atual quanto milenar, a aromaterapia compõe as práticas terapêuticas autorizadas pelo Ministério da Saúde que fazem parte da vida de 61% dos brasileiros e integram a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPICS)

Tão atual quanto milenar, a aromaterapia compõe as práticas terapêuticas autorizadas pelo Ministério da Saúde que fazem parte da vida de 61% dos brasileiros e integram a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPICS)[/caption]

No Brasil, a aromaterapia é uma das práticas instituídas pelo SUS através da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPICS) do Ministério da Saúde, o que aumentou a visibilidade da terapia no país. De acordo com Kenia Naara Parra, doutora em Ciências e divulgadora científica, o propósito da aromaterapia é restabelecer e promover a saúde do indivíduo por meio do autocuidado diário e contínuo, prevenção e tratamento de doenças.

Embora a prática milenar faça parte da cultura e tradição de diversos povos, o termo “aromaterapia” foi cunhado pelo químico francês René-Maurice Gattefossé, em 1937. Hoje ela é aplicada segundo diferentes formas de uso: tópica, inalatória ou uso interno e diferentes linhas de pensamento, abordagens ou escolas, sendo as principais: a Escola Inglesa e Escola Francesa a depender do grau de conhecimento e segurança de quem usa ou indica.

De doenças infecciosas a problemas respiratórios, inflamatórios, obesidade, diabetes e hipertensão, passando por cuidados da mente e emoções: a aromaterapia pode contribuir para melhorar a saúde e qualidade de vida das pessoas. Como prática terapêutica, utiliza óleos essenciais - produtos naturais obtidos por métodos específicos a partir do uso de diferentes partes de plantas aromáticas, como flores, caule, cascas, folhas e raízes.

No contexto da Covid-19 e de longos períodos de isolamento, observou-se alta prevalência de depressão, ansiedade e estresse na população brasileira. Com isso, a Fiocruz, em parceria com outras entidades realizou o estudo “PICCovid: uso de Práticas Integrativas e Complementares no contexto da Covid-19”, de abrangência nacional, sobre o autocuidado e a busca por terapias integrativas. De acordo com os resultados, 61% dos brasileiros fizeram uso dessas terapias durante a pandemia.

Longe de contestar a medicina convencional, a terapia com óleos essenciais não substitui o diagnóstico médico e uso de medicamentos para tratar doenças, mas é considerada um tratamento complementar com benefícios comprovados cientificamente - justo o que a especialista no assunto, Kenia Parra, vem estudando nos últimos anos: o uso seguro e terapêutico dos óleos essenciais. “Em nossos cursos divulgamos os estudos que mostram os benefícios, aplicações, avanços e limitações da aromaterapia, sempre com base científica”, conta.

Kenia é estudiosa da química dos óleos essenciais, bem como do emprego deles para a saúde e bem-estar. Segundo ela, ao estudar terapias integrativas e complementares passamos a entender melhor o nosso papel no cuidado da saúde. “Não ficamos mais alheios ou passivos às decisões de outros profissionais. Isso não significa que ignoramos os profissionais da saúde, muito pelo contrário, nós dialogamos com eles, elaboramos perguntas, levamos nossas dúvidas, colocamos possibilidades. É um novo posicionamento que precisa ser desenvolvido na medicina convencional”, diz.

Para os adeptos da aromaterapia, com interesse em atuar profissionalmente, a atuação é como profissional livre, sem formação mínima exigida. Porém, existem cursos para aprendizado de qualidade e segurança e a possibilidade de certificação pela ABRAROMA após atendimento de alguns critérios. A exemplo disso, Kenia, junto da bioestatística Karin Storani e da bióloga Nádia Pereira irá abordar de forma inovadora e multidisciplinar as diversas facetas dessa terapia integrativa e complementar no curso “Introdução às bases científicas e práticas da aromaterapia”, promovido pela Escola Internacional de Desenvolvimento (EID) para atender aos interesses e necessidades de iniciantes no tema.

Os interessados no tema terão a oportunidade de conhecer mais do assunto em duas lives promovidas pela EID. No dia 21 de julho, Kenia Parra e Karin Storani irão abordar o tema: “Por que vale a pena conhecer a aromaterapia?”; e no dia 04 de agosto, as três profissionais discutirão o tema “(Re)encontrando minha essência no universo da aromaterapia com base científica”. Para participar é só acessar o perfil @ecoscientiaoficial no Instagram, sempre às 19h30 horas.

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