Protetor solar vencido pode aumentar o risco de queimaduras solares graves

Com o aumento das temperaturas e a exposição prolongada ao sol, enfermeira Andrezza Silvano Barreto, da Vuelo Pharma, emite um alerta importante: o uso de protetor solar fora da validade pode elevar o risco de queimaduras solares graves.

O alerta surgiu após a repercussão do caso da criança de 10 anos que foi internada com queimaduras graves após passar protetor solar fora da validade. "Muitos não sabem, mas a fórmula do protetor solar perde sua eficácia após o prazo de validade, deixando a pele vulnerável aos raios UV", explica a especialista.

O calor intenso registrado nos últimas semanas reforça a importância da proteção adequada. Em 2023, algumas cidades brasileiras bateram recordes de temperatura, com sensações térmicas ultrapassando os 43°C em diversas regiões do país, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).

Esse aumento na intensidade dos raios solares também eleva o risco de danos à pele, como envelhecimento precoce, manchas e até mesmo câncer de pele.

Andrezza alerta que, além do prazo de validade, é fundamental que as pessoas adotem o hábito de reaplicar o protetor solar a cada duas horas, especialmente em situações de maior exposição, como praia, piscina ou atividades ao ar livre.

"O protetor não dura o dia inteiro, e a reaplicação é essencial para manter a pele protegida", enfatiza a enfermeira.

Verificar a validade é essencial

Ao longo do tempo, o protetor solar pode sofrer alterações químicas, perdendo sua capacidade de bloquear os raios UVA e UVB. Além disso, o produto pode adquirir uma consistência ou odor diferente, indicando que não está mais apto para o uso. "Usar um produto vencido pode dar uma falsa sensação de proteção, e isso é extremamente perigoso em dias de sol intenso, como os que estamos vivendo", alerta a enfermeira.

Quando uma pessoa utiliza protetor solar vencido, o produto não oferece a barreira necessária e sem a proteção adequada, a exposição prolongada ao sol, especialmente em momentos de maior intensidade dos raios solares (entre 10h e 16h), pode resultar em danos graves à pele, como as queimaduras de segundo grau.

O caso do menino Hector Harvey, de 10 anos, é um exemplo, ele precisou ser submetido a uma cirurgia após sofrer queimaduras solares graves durante as férias em família em Cabo Verde, um arquipélago na costa da África.

Queimaduras de segundo grau afetam a camada superficial da pele (epiderme) e também a camada abaixo dela (derme), podendo causar bolhas, inchaço, vermelhidão intensa e dor significativa. Em casos como estes, a enfermeira recomenda o uso da Membracel, produto desenvolvido pela Vuelo Pharma, que acelera o processo de cicatrização.

Andrezza reforça que a prática de conferir a validade do protetor solar deve ser um hábito rotineiro: "Assim como olhamos a validade de alimentos, também devemos fazer isso com produtos de uso pessoal, especialmente aqueles que envolvem nossa saúde e segurança".

Saúde pública e conscientização

O uso do protetor solar vai além de uma escolha individual: é uma questão de saúde pública. O Brasil é um dos países com maior incidência de câncer de pele no mundo, com mais de 180 mil novos casos diagnosticados anualmente, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

"Com o aumento das temperaturas e dos níveis de radiação, o uso do protetor solar deveria ser visto como uma necessidade, assim como lavar as mãos ou usar máscara em tempos de pandemia", compara a enfermeira da Vuelo Pharma.