Setor de fornecimento de alimentos tem crescimento recorde na pandemia
[caption id="attachment_503" align="aligncenter" width="225"]
A fabricação caseira de doces e bolos é um dos principais motivadores do aumento dos microempreendedores individuais no país[/caption]
O segmento de confeitaria passa por um boom em 2020, com crescimento vertiginoso do número de novos empreendedores desde o início da pandemia. Segundo uma pesquisa recente do Sebrae, 25% da população adulta está envolvida com a abertura de um novo negócio, o maior índice das últimas duas décadas. O número de microempreendedores individuais (MEIs) no país cresceu 10,2% no primeiro semestre de 2020, na comparação com o mesmo período do ano passado, e a principal categoria é a de Fornecimento de Alimentos, com 25 mil novos registros, e os Serviços Ambulantes de Alimentação estão entre os dez mais da lista, com 6,5 mil novos registros.Empresas que fornecem insumos para o segmento comemoram o aumento na demanda e notam a necessidade de buscar inovação para o novo público que chega. “De abril até agora contabilizamos um crescimento de 800%, quintuplicando o tamanho da companhia. A pandemia fez com que as pessoas buscassem uma nova fonte de renda e fazer doces e bolos em casa para vender é um alternativa viável para a grande maioria”, conta Anderson Oliveira, que ao lado de Charles Erthal é sócio-diretor da Sulformas, maior distribuidora de formas ecofriendly do país.O aumento na demanda da Sulformas revela outro lado do empreendedorismo em alimentação, que é a busca por produtos com múltiplas funções. As formas comercializadas pela marca são produzidas pela multinacional italiana Ecopack e funcionam tanto como formas - já que podem ir ao forno - quanto como embalagem final. Seu design é especialmente pensado para a venda, elas não precisam ser lavadas, se decompõem em até 180 dias e têm boa relação custo x benefício. “A estiagem que vivemos no país também contribuiu para o crescimento nas vendas, tendo que vista que as pessoas estão buscando itens mais sustentáveis e que agreguem valor ao produto. Além de não precisa lavar, o que economiza tempo”, diz Charles.Para a confeiteira Pat Nascimento, que comanda a marca curitibana Bebê Brigadeiro, em Curitiba, a pandemia trouxe oportunidades de novos negócios e também muita criatividade. “Com a pandemia, fiz adequações tanto no cardápio quanto nas embalagens, além dos novos cuidados na rotina de produção e entrega. Pude também me aperfeiçoar como doceira e aprender novas técnicas, uma vez que a demanda de eventos se estagnou totalmente. Apesar de todo o caos do período, ocupei novos espaços nesse mercado e passei a fazer um importante exercício criativo que certamente já abriu e continuará abrindo portas”, detalha Pat, cujo negócio é focado no delivery.As perspectivas para o próximo ano são de que, com a retomada das atividades, a economia volte a girar e os negócios criados em 2020 obtenham sucesso cada vez maior. “Nosso prognóstico para 2021 é vender 35 milhões de formas e conquistar uma fatia cada vez maior do mercado”, finaliza Anderson.Para conhecer a Sulformas, acesse https://www.sulformas.com.br/