Em tempos de Tour de France, especialista explica sobre lesões comuns no ciclismo

O Tour de France, este ano em sua 111ª edição, é uma das competições de ciclismo de estrada mais prestigiadas e aguardadas do mundo. O evento é um verdadeiro teste de resistência, disputado em diversas etapas, testando os limites físicos e mentais dos competidores.

Apesar do glamour e da adrenalina que envolvem o Tour de France, as quedas e as lesões são perigos reais e presentes também no dia-a-dia dos ciclistas mundo afora.  

Cair e ralar o corpo no asfalto pode resultar em abrasões, cortes profundos e infecções. Andrezza Silvano Barreto, enfermeira da Vuelo Pharma explica o que acontece com a pele nesses casos.

“Quando uma pessoa cai e rala o corpo no asfalto ou na terra, a pele sofre um impacto direto e abrasivo. As abrasões são os "ralados", ou seja, quando as camadas superiores da pele são raspadas, resultando em feridas superficiais, mas dolorosas”, explica ela.

A enfermeira conta que o corpo inicia imediatamente o processo de cicatrização que  pode ser dividido em três fases. A primeira é a inflamação, quando o corpo envia células de defesa para a área lesionada para combater possíveis infecções e limpar detritos.

A segunda é a proliferação, ou seja, novas células são produzidas para substituir as danificadas e para formar tecido cicatricial. A última é a maturação, quando o tecido cicatricial se fortalece e se reorganiza ao longo do tempo.

Para garantir uma recuperação rápida e prevenir complicações, é essencial seguir alguns passos imediatos após a queda. Andrezza destaca quais são.

“Lave a área atingida utilizando água limpa e sabão para remover sujeira e detritos. Aplique um antisséptico para prevenir infecções. Use um curativo ou gaze para proteger a área e mantê-la limpa. Monitore sinais de infecção, como vermelhidão, inchaço, calor e pus. Caso esses sintomas apareçam, procure um profissional de saúde.”

A Membracel, desenvolvida pela Vuelo Pharma, é um curativo especial que substitui temporariamente a pele e acelera o processo de cicatrização, que pode ser utilizado nesses casos.

“Os poros da membrana permitem a drenagem do excesso de exsudato (secreção da lesão) para um curativo secundário, mantendo a umidade ideal no leito da lesão. Além disso, o curativo permite as trocas gasosas, fator importante para a evolução do processo cicatricial”, detalha a enfermeira.